RES PVBLICA 2023
Concebida em fevereiro de 2016, no calor de manifestações políticas que dividiam o país, “RES PVBLICA 2023” é uma distopia sobre um Brasil "tropical fascista". A peça nasceu no bairro da República, centro de São Paulo, composto por sua população de artistas, imigrantes, gays, prostitutas, michês e travestis, num jogo poético/político com a obra “A República”, de Platão. Assim, a ideia de “expatriação” permeia o espetáculo para confrontar a onda conservadora global e o recente crescimento de grupos neonazistas no Brasil.
Em 2019, “RES PVBLICA 2023” tornou-se um marco na luta contra a Censura às artes brasileiras, após ter sido censurada no Complexo Cultural da FUNARTE, em São Paulo, pelo então coordenador de artes cênicas da Fundação, Roberto Alvim.
TEXTO E DIREÇÃO Biagio Pecorelli
ELENCO Bruno Caetano, Camila Rios,
Edson Van Gogh, Jonnata Doll e Lenarda Glück
DIREÇÃO DE ARTE E FIGURINOS Rafael Bicudo e Coko
DESENHO DE LUZ César Pivetti
OPERAÇÃO DE LUZ Marcela Katzin
DESENHO E OPERAÇÃO DE SOM Dugg Mont
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Corpo Rastreado
SINOPSE
No final do ano de 2022, o Brasil estará vivendo um momento de grande prosperidade econômica sob o Governo do Tropical Fascismo. O movimento Anaconda Brazil, braço civil deste Governo, levará semanalmente às ruas grandes massas patrióticas, que erguerão enormes pixulecos de banana à mínima aparição de Um Cara Aí. Enquanto isso, numa pequena república no centro de São Paulo, Billy, John, Suzanne, Vicent, Valentina, Tom e uma cadela vivem amontoados. É noite de Réveillon e eles têm para comer apenas alguns macarrões instantâneos e sardinhas. Os seis personagens se revezam na tarefa de trazer da rua objetos abandonados que remetem à coisa pública, com os quais vão construindo ao longo da peça uma trincheira, atrás da qual estarão sempre entre combater ou esperar misticamente por dias melhores.
